segunda-feira, 14 de julho de 2008

Malditos

Certo dia,
fazia um bom tempo,
quando reencontrei um velho amigo poeta
disse-lhe: boa sorte.
Repensei.
Poetas não precisam de sorte,
necessitam sim,
de um pedaço de jornal
um recorte qualquer
filete de pétala ou algo que espete
a sua alma em flor
despedaçada estrela violentada pelo horizonte
que desponta manhã
orvalho de eucalipto
semente de avelã...
O poeta: é um conto de fadas cansado...


Luciano Fraga

Agua Azul

Arte de Roque Moraes.

Água azul
Tanta luz
No olhar do meu amor
A flor mais bela do jardim, mundo.
O que me conduz
Sempre para o bem querer
Cor mais clara e natural de mim
Prazer sem igual
Chuva de jasmin
Água azul do açude
Enfim,
Tudo que alimenta o meu viver, a minha alma.


Zinaldo Velame, 2007.